Votação do projeto de lei que proíbe empresas de fazerem doações eleitorais.

Após receber mais de dois mil e-mails em apenas um dia, o Senado decidiu acelerar a votação do projeto de lei que proíbe empresas de fazerem doações eleitorais. O texto original, criado em 2012, pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), havia sido engavetado após ser alterado no mês passado.


O requerimento de urgência da nova versão, aprovado na quarta-feira (4) com as assinaturas de 60 senadores, é mais rígido e prevê a proibição para todas as empresas, de qualquer tamanho ou setor. Pelas regras do Senado, o projeto precisa ser votado até a próxima segunda-feira (9).

A pressão popular foi orquestrada pelo site Avaaz, que mobilizou 100.000 pessoas em torno do assunto. Elas foram estimuladas a enviar e-mails ao Senado por meio do próprio site, que também forneceu os telefones de alguns senadores.

O relator do projeto, senador Roberto Requião (PMDB-PR), que recolheu as assinaturas dos demais senadores, disse por telefone à BBC Brasil que a mobilização popular pela internet foi o ponto de partida para esta votação.

"De repente, milhares de pessoas tomaram conhecimento da existência do projeto. Por isso, a mobilização virtual é extraordinariamente positiva, porque faz as pessoas acordarem para os problemas, inclusive aqui dentro", afirmou.

Para Requião, o projeto evita que empresas se tornem "donas dos governos". "Empresa não tem cidadania, não vota, e, se decide investir em políticos, é para tentar mandar na atuação deles", disse.

Segundo representantes do site Avaaz, que desde 2007 usa a internet como meio de pressão popular contra governos e empresas, a previsão de votação na próxima segunda-feira não é suficiente. "A pressão precisa continuar porque o Senado tem mil mecanismos para adiar ou atrasar decisões. Nós queremos que isso seja votado antes da Copa", disseram os porta-vozes ao #salasocial.


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Barão
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